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Promotor pede tornozeleira eletrônica para acusada de raptar Eloah
Por Administrador / Vinicius
Publicado em 25/04/2025 21:44
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O promotor Rafael de Sampaio Cavichioli, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), solicitou nesta sexta-feira (25) que Leandra Ferreira de Souza, acusada de sequestrar a menina Eloah Pietra Almeida Alves dos Santos, seja monitorada por tornozeleira eletrônica. A mulher está presa desde 24 de janeiro, quando a criança foi localizada.

Inicialmente, Cavichioli havia pedido a revogação da prisão preventiva da acusada, sugerindo como medida cautelar apenas a proibição de se aproximar da família da vítima. No entanto, após a repercussão negativa do pedido, o promotor recuou e incluiu o monitoramento eletrônico como medida adicional.

“O Ministério Público, em acréscimo às medidas cautelares diversas da prisão, requer a imposição à acusada da medida cautelar do monitoramento eletrônico”, diz trecho do novo pedido obtido pela imprensa.

A assistência de acusação, porém, se manifestou contra a proposta de liberdade da ré. O advogado Leonardo Mestre Negri afirmou que não há justificativas para a revogação da prisão. “Os requisitos que fundamentaram a prisão preventiva permanecem válidos. Não houve qualquer mudança nos fatos ou nas provas que sustente essa revisão”, declarou à Rádio Banda B.

O processo corre em segredo de Justiça e está sendo conduzido pela 2ª Promotoria de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Curitiba. Até o momento, a juíza responsável ainda não analisou o novo pedido do MP-PR.

Leandra responde por subtração de incapaz e falsidade ideológica. Segundo o Ministério Público, ela teria se apresentado à mãe da criança como agente de saúde e, posteriormente, entregado à polícia documentos falsos — incluindo uma carta e uma certidão de nascimento — que supostamente comprovavam a entrega voluntária da criança.

A acusada já trocou de advogado cinco vezes e teve pelo menos três pedidos de liberdade negados pela Justiça. Agora, aguarda julgamento.

Relembre o caso

Eloah desapareceu no início da tarde de 23 de janeiro, no bairro Parolin, em Curitiba. Segundo relatos, Leandra se apresentou à mãe da menina como agente de saúde, usando máscara e óculos escuros, com a justificativa de levar mãe e filha a uma unidade de saúde para exames.

Ainda de acordo com a mãe, Érica, a mulher ofereceu um líquido que a deixou dopada. Após Érica colocar a filha na cadeirinha do carro, Leandra teria aproveitado o momento em que a mãe desceu do veículo para fugir com a criança.

 

A menina foi localizada cerca de 30 horas depois, com os cabelos tingidos e alisados — uma tentativa de dificultar seu reconhecimento, segundo a polícia. Ela foi encontrada após a ativação do Alerta Amber e a atuação de uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública.

 

Autor: Vinicius Polizeli 

 

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